Estabelecer diretrizes para a adequada destinação das águas pluviais frente ao crescimento da cidade. Este, o principal objetivo do “Plano Diretor de Águas Pluviais do Município de Pirassununga”, anunciado pelo SAEP em novembro de 2009, e que reúne elementos para disciplinar o escoamento das águas de chuvas, sobretudo em novos loteamentos e desmembramentos, de forma a evitar problemas como transbordamentos de córregos ou inundações.
Consideraram-se todos os cursos de água que cortam a cidade, como o ribeirão do Ouro e os córregos do Andrezinho, do Taboão, do Quartel e Laranja Azeda, este último receptor da água dos demais. Analisaram-se as macrobacias, as bacias e as sub-bacias, constatando-se, por exemplo, que algumas pontes sobre o ribeirão do Ouro necessitam de redimensionamento para que não ocorra estrangulamento das águas e que a calha do córrego Laranja Azeda requer obras de alargamento em alguns trechos. Novos loteamentos/desmembramentos terão os pedidos apreciados considerando-se a produção de águas pluviais e, quando necessário, a adoção de normas que evitem a saturação dos córregos. Importante salientar que as medidas a serem aplicadas não agredirão o meio ambiente, mantendo-se as denominadas Áreas de Preservação Permanente, APPs.
Bastante abrangente e detalhado, o plano avalia aspectos como intensidade de chuvas, comprimento de cursos de água, áreas das bacias, taxas de infiltração, de retenção e de uso do solo, e aponta as soluções viáveis para os diferentes casos. Foi desenvolvido pelo professor Benedito Aparecido dos Santos Rodrigues, do Departamento de Hidráulica e Saneamento, da Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo, com a colaboração de técnicos da Diretoria Operacional e de Serviços do SAEP. Deverá ser transformado em lei, precedido de audiência pública e apresentação à Câmara Municipal.